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quinta-feira, 3 de março de 2011

O desejo de ser mãe




Embora muitas mulheres estejam optando por uma vida sem filhos, a maioria delas ainda tem na maternidade um de seus principais projetos de vida.

Ver seus traços se misturarem com os do companheiro em uma criança que representa a continuidade de sua existência é um sonho comum, mas nem todas conseguem realizá-lo naturalmente.

A infertilidade ocorre com mais freqüência do que se imagina – a doença atinge entre 10 e 15% dos casais em idade reprodutiva, cerca de 60 a 90 milhões de casais no mundo.

Os avanços tecnológicos na área médica têm auxiliado muito estas pessoas, mas o primeiro desafio é ajudá-las a encarar o problema.

Isso porque ter filhos é, normalmente, um projeto constituído muito cedo no imaginário do indivíduo, que tem a fertilidade como algo inquestionável – a doença surge como um choque que abala as garantias de realização de um desejo intenso.

Apesar do sofrimento despertado, é fundamental que o casal se reorganize emocionalmente, para que possa buscar as alternativas possíveis. Os casos de sucesso são muitos, no Brasil e no mundo.

Não há motivo, então, para tornar infértil a vida, diante de um diagnóstico desfavorável. A infertilidade aparece como um limite, sim, mas que não diminui o valor ou a capacidade da pessoa que o enfrenta. Pelo contrário, todos os dias, casais lutam, acreditam e conseguem realizar seu sonho de procriar.

Entre as técnicas atualmente disponíveis, está o congelamento de óvulos, uma excelente alternativa não apenas para casais inférteis que se submetem à reprodução assistida, mas também às mulheres que precisam postergar a maternidade e às pacientes com câncer.

Para estas últimas, trata-se de um avanço e tanto.

Com a sobrevida aumentada, elas devem estar atentas para a preservação de sua fertilidade – o congelamento, nestes casos, deve ser realizado antes de tratamentos como quimio ou radioterapia, que podem comprometer a função do ovário.

A fertilização in vitro, o congelamento de embriões, de sêmen ou tecido ovariano e a extração de espermatozóides do testículo, entre outras técnicas, ampliaram, e muito, as chances de ter filhos para casais que, em algum momento de suas vidas, se deparam com a infertilidade.

No Rio Grande do Sul, o primeiro nascimento através da reprodução assistida aconteceu em 1989 – o menino Alvinho, filho de Iara e João Luiz, já está na universidade.

Depois dele, já foram tantos que já se pode dizer que praticamente não há barreiras intransponíveis para o desejo de ser mãe.

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